sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Roubo

Escrevo porque tenhos coisas a serem ditas, falta-me coragem para declamá-las. Invejo-te, pois você expõe com sua voz autiva suas palavras, com tal formosura que encantam ouvidos ao tilintar das vogais.
Suas palavras tem uma força maior do que as minhas, simplismente por você as expor em um tom de voz único e seguro. A liberdade que possui para expressá-las, e mudar de tom a cada sílaba cantada é um talento que poucos possuem, e os que possuem conservam.
Poderia gravar em vinis suas falas, e colocá-los a tocar para encantar meu coração no inverno frio e só que tenho.
Mas não! Não! Não te perdoo por ter esse dom, por roubar minhas palavras, arrancá-las de minha boca e soprá-las ao vento dessa maneira, e injustamente o vento as levam e as misturam com pétalas de rosas para logo cair entre meus cabelos e me enlouquecer de invidia.
Não quero ouvir sua voz, o prazer que ela me traz é pecado, luxúria, sai já daqui!
Diabo! Que as trevas te recolham e te levam para longe da luz que me cega em meu recanto.



O que me faz querer ser a luz negra e ofusca que te levará?

2 comentários:

  1. caraaaaca Ângela,você vai longe menina...conseguiu me deixar com raiva e ao mesmo tempo com esse amor que a gente não entende...

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  2. Obrigada Carol *O*
    Você tbm tem que postar, e mostrar essa pessoa maravilhosa que é.

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