terça-feira, 2 de agosto de 2011

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Eu acho incrível a facilidade que as pessoas têm em criticar as outras, o mais incrível é que elas não notam seus erros, não veem seus próprios defeitos, e mesmo se conseguissem ter noção dos erros, não admitiriam. É claro que a hipocrisia está presente nos seres humanos, somos muito hipócritas e ao falar de crítica aos erros, criticando as pessoas por não admitiriam seus erros, estou fazendo exatamente o que as pessoas fazem, o que eu faço, ou o que nós fazemos. É estranho falar de coisas ou criticar coisas que ao mesmo tempo podem ser uma simples crítica a mim, é estranho escrever sobre isso e pensar que centenas de pessoas já refletiram sobre a mesma coisa e nós nunca nos conheceremos, nunca vou saber se elas foram além. As vezes sinto aquela vontade de abraçar o mundo, mas sempre acabo notando que o mundo me abraça, me encanta, me prende e eu nunca vou conseguir abrir mão disso, na verdade não acho que quero, acho que são pensamentos simplistas revoltosos. Mas revolta de que? Revolta de me sentir parada, enquanto existe um milhão de coisas lá fora para ver? Se fosse esse tipo de revolta, eu me consideraria um poço de futilidade, a revolta não está no “não poder ir”, mas em não poder ver. Existem escolhas na vida e uma delas é você se sentir preso e incapacitado de ver toda a arte e a cultura no mundo e a outra é você ver a arte e a cultura do cotidiano, é você criar a arte em si, nas coisas simples da vida. Em qualquer parte do mundo você pode enxergar essa agitação de partículas, essas massas de calor que envolvem qualquer povo, assim surgem às diferenças entre um fotógrafo bom e um ruim, um descobriu como enxergar além do visor óptico e outro não. Mas essa é a diferença entre uma pessoa feliz e uma frustrada, o modo de como ela vê a vida.

A impessoalidade é uma coisa infundada para mim, quando isso se aplica ao que eu escrevo. Escrevo o que eu vejo, o que eu sinto, é totalmente pessoal, é meu.

Um comentário:

  1. Aos olhos dos mundanos que não conseguem enchergar do outro lado do horizonte, o "ir alem" é mera utopia...

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